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terça-feira, 31 de maio de 2022

Um novo "Alô mundo!"



Este é realmente um novo alô ao mundo, em todos os sentidos e quase duas décadas depois da ideia original retorno para este canal que abrigou todas as minhas ideias e, junto com os visitantes, toda minha falta de foco e direcionamento.

Muito tempo se passou, mas minha produção não cresceu muito nesta área... Eu basicamente abandonei a escrita fantástica, os contos e os poemas, muita coisa aconteceu e exatamente por isso todo o conteúdo deste blog será revisado. Muitas postagens já foram removidas e outras revertidas para rascunho, ainda vai levar um tempo para que eu possa avaliar tudo o que foi postado aqui...

O conteúdo novo será postado em breve, retornarei as origens publicando meus contos e escrevendo sobre as coisas que eu gosto. Escreverei um pouco sobre cultura pop / nerd / geek / gamer, mas o foco é a publicação dos meus contos.

Enfim, por enquanto é apenas um alô.


Vagner Tadeu Firmino
 

sexta-feira, 24 de julho de 2015

NOVIDADES!


Dentro do que comentei (e também desabafei) na postagem anterior, quero aproveitar para apresentar a vocês meu pequeno livro “Algumas Coisas Nunca Morrem – E Outros Contos”. Como escrevi anteriormente, os oito contos e uma poesia que formam este e-book integravam o projeto de um livro que foi destruído antes mesmo de nascer pelos grandes entraves enfrentados por todos os escritores que tentam iniciar no mercado editorial tradicional.
Um tanto quanto cansado de tentar e de esperar respostas que demoram e também de infelizmente não ter capital (não tenho vergonha de admitir isto) para investir na epopéia da autopublicação de um livro no formato tradicional, comecei a procurar alternativas e a publicação digital me pareceu muito agradável.
É claro que conheço todo o preconceito que existe contra os e-books, bem como sei da resistência da maioria dos leitores em trocar o toque das folhas de um livro pela tela de um tablet, smartphone ou mesmo de um e-reader. Não tenho pretensão de ficar rico escrevendo, esta não é minha atividade principal, não me entrego a devaneios de vender um bilhão de exemplares, a verdade verdadeira é que eu gosto muito de escrever e quero muito que as pessoas leiam o que escrevo. Simples assim.
Mesmo escrevendo já há bastante tempo, meus textos sempre ficaram muito restritos ao meu pequeno círculo de amigos e isto somente começou a mudar em 2.010/2.011 quando comecei a trabalhar com a plataforma do blogspot, mas mesmo assim de uma maneira muito tímida e, confesso, não muito dedicada...
Outra questão pela qual fui sendo perturbado e pressionado foi sobre a distribuição gratuita dos textos, particularmente não pensei muito nisto simplesmente resolvendo que ao menos este primeiro seria gratuito para download em pdf e e-pub. Gratuito para quem for baixar, mas não gratuito para mim... Você pode estar pensando que eu somente pegarei o arquivo .docx e o transformarei em um .pdf e pronto, mas não é bem assim... Serviços como criação de capa, diagramação, ISBN, revisão e hospedagem em um site seguro para que você possa realizar o download sem medo de surpresas possuem custos.
Estou fazendo cotações, tenho família, carro financiado, aluguel e uma infinidade de despesas que já comprometem qualquer gasto a mais, assim sendo, todo gasto a mais deve ser muito bem estudado.
Já tenho um prestador preferido para este trabalho, mas ainda estou captando os recursos, se der certo em breve farei uma postagem sobre ele (que é bem conhecido no meio literário e editorial nacional).
Sem mais delongas, vamos ver um pouquinho sobre este e-book?
 Clique no link abaixo para continuar.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

ARQUIVO X

A verdade está lá fora
A VERDADE ESTÁ LÁ FORA, MAS RETORNARÁ...

Sim, é verdade, The X-Files retornará à T.V! A série de grande sucesso da FOX que durou de 1.993 a 2.002 retorna em uma continuação com todos os seus slogans, trejeitos e personagens, pelo menos é o que prometem os executivos. Teremos novamente Fox Willian Mulder (David Duchovny) e Dana Katherine Scully (Gillian Anderson) em seus respectivos papéis de agentes do FBI, prometidos também estão o Diretor Walter Skinner e o fumante C.G.B Spender (Se é que este realmente é o nome deste enigmático senhor).

Scully, Mulder e Skinner

O que esperar deste retorno? Particularmente apenas espero que os episódios sejam bem escritos, já que me parece óbvio que Mulder e Scully já não são mais os mesmos e a interferência do ‘estilo’ atual dos atores (que também não são mais jovenzinhos assim como o público da época também não é mais) me parece inevitável. Ao menos para mim é muito difícil olhar as fotos atuais de Duchovny e Gillian Anderson e identificá-los como Mulder e Scully de antes, apenas isto já deve render bastante mimimi entre os fãs.
Outra coisa que fico pensando é se a temática antiga pode funcionar junto ao público de hoje, desde que assinei a boa perdição que é a NETFLIX voltei a revisitar a série e ainda considero o material tão bom quanto considerava nos anos 90, mas será que as conspirações, os U.F.Os e os casos paranormais ainda serão capazes de entreter o público como antes? Pode até ser que sim, mas acredito que veremos algumas coisas diferentes nesta nova temporada.
Mesmo pensando em todos os contras criados pela minha cabeça e lendo todos os contras espalhados pela internet, estou ansioso para saber o que houve aos dois agentes do FBI e, principalmente, o que eles fizeram na última década.

C.G.B Spender (Ou não?)

Acredito eu que o receio venha da má experiência que tivemos com as temporadas 7, 8 e 9 do tão querido seriado... Sem contar os dois filmes, que em minha opinião são piores que as três últimas temporadas.
Arquivo X remete a uma boa fase da minha vida, uma fase cheia de RPG, cardgames, cards colecionáveis, fanzines e uma profusão de livros e quadrinhos, falar de Arquivo X, no meu caso, é relembrar de um monte de coisas legais de uma época sem volta... É relembrar dos velhos amigos reunidos na sala para assistir a um episódio, é relembrar dos amigos rolando dados sobre uma mesa logo após assistir ao episódio. Este seriado está diretamente ligado a um monte de outras coisas que para nós da época são memórias inseparáveis, daí a crítica sobre o retorno da série fica comprometida, ora não sou um crítico, sou um fã e como todo fã eu sou um tanto quanto chato mesmo não querendo ser. Mas por outro lado não sou mais o mesmo, a década não é mais a mesma, os tempos são outros, Chris Carter não deve ser mais o mesmo, o mundo é outro e certamente Mulder e Scully não mais serão os mesmos. Ansiedade e medo.

domingo, 23 de junho de 2013

ESTOU DE VOLTA!



Olá amigos, tudo bem? Pois é, voltei!!!
Nos últimos meses muitas coisas aconteceram comigo, e muitas outras ainda estão em curso comigo e principalmente com o mundo, mas pelo menos comigo parece que as coisas estão se acertando agora. Enfim, pretendo agora retomar o blog e nesta retomada realizar algumas alterações na estrutura dele e na própria estrutura das minhas próprias ideias, mas sem alterar é claro o que mais gosto e, pelo que percebo nas estatísticas de acesso, o que os amigos gostam: As Creepypastas e os contos.
Quero aproveitar também para agradecer os amigos que acompanham o blog e aos leitores que estão descobrindo agora este trabalho, muito obrigado mesmo pessoal, apenas mais um pouquinho de paciência que as novidades estão chegando.


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

TEMPO PARA FICAR LOUCO SONHANDO


Muito pelo contrário do que poderia imaginar este negócio de ficar em casa por causa do afastamento médico está me deixando louco, embora eu já estivesse quase louco por causa do trabalho... Mas enfim, o negócio é que parece que estou piorando.
Ficar em casa é muito frustrante, todas as atividades em que eu estava atrasado já foram cumpridas e agora já faz tempo que estou sem nada para fazer e até mesmo a inspiração para o livro que pretendia finalizar em Dezembro está indo embora. Passo o dia no computador e no PS3 ao mesmo tempo, parece impossível? Não quando se tem o dia inteiro para não fazer nada. Para terem uma idéia outro dia sonhei que eu era Sam Fisher da série Splinter Cell e que tinha a missão de invadir a biblioteca subterrânea do Vaticano a fim de recuperar um manuscrito sobre feitiços funerários que estavam sendo usados para iniciar um apocalipse zumbi ao estilo "The Walkink Dead"... No final desta doideira eu estava em casa vasculhando meu armário em busca de cartas de "Magic: The Gathering" para vencer um zumbi nerd que guardava os escritos do Vaticano... Eu acordei de manhã com um sentimento muito estranho e pensei seriamente em procurar um médico.

Eu no papel de San Fisher... Só em sonho mesmo...

É claro que estou feliz por ter finalmente conseguido finalmente ficar um pouco longe do trabalho, fiquei muito tempo sem férias e trabalhando direto sendo muitas vezes chamado aos finais de semana e durante a noite, mas a realidade é que estou extremamente entediado e sem grandes atividades.
Não é que eu não procure algo para fazer, o problema é que a fratura me deixou um tanto quanto limitado e a falta de espaço que tenho atualmente é talvez o maior de todos os problemas. O dilema moral do "Não tenho do que reclamar" e do "Tudo está uma merda" está exercendo um poder muito forte sobre mim... Talvez eu seja a pessoa mais paciente do mundo, mas esta paciência toda está se esgotando e o pior é que estou me esgotando comigo mesmo. Parece Impossível? Não quando se tem o dia inteiro para não fazer nada.

Magic: The Gathering para derrotar um...


... Nerd zumbi empregado do Vaticano?!?


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

POIS E, QUEBREI O PE...


Pois é, quebrei o pé... A idade vai chegando e qualquer coisinha idiota passar a por a vida da gente em risco. Não é exagero não, o equilíbrio e a resistência já não são mais os mesmo de antes e o que seria só um "tombinho besta" passa a trazer grandes consequências.
Parece que não, mas esta fratura está causando muito incômodo primeiro encarei o fato como uma pequena pausa nas minhas tediosas atividades profissionais, mas agora já com quase dez dias de 'molho' estou vendo que a coisa é muito mais séria e que o tédio está maior agora... Vai entender, não é? O ser humano nunca está satisfeito com o que tem... Ainda mais se este ser humano for o Vagner.
Espero ansiosamente o dia em que meus cientistas terminem a construção do robô para o qual minha consciência será transferida e assim poderei, finalmente, iniciar meu grande plano de dominação mundial, mas enquanto isto não acontece vou ficando aqui com planos que não podem ser executados devido às limitações deste corpo limitado e em meio a videogames e computadores.
Estes poucos dias em que não posso fazer muita coisa me fizeram pensar muito sobre a vida, ou esta coisinha sem graça que chamamos de vida, descobri que por pior que seja sou extremamente dependente do trabalho, achei que seria ótimo ficar algum tempo sem pisar naquela organização extremamente desorganizada, mas a verdade é que ficar em casa perdeu a graça no terceiro dia... Também tinha planos de realizar alguns projetos pessoais que estavam parados por falta de tempo, mas agora que tenho tempo, sabe o que eu fiz? Óbvio, nada! Desde o ocorrido, não terminei o livro que estou escrevendo, não organizei as ideias para o segundo livro que pretendo escrever, não estudei desenho e esqueci o caderno de programação em C++ que estava estudando. Até este blog está sendo atualizado preguiçosamente somente hoje.
Vejo que não tenho disciplina, força de vontade ou qualquer outra coisa boa que faça a diferença... Acreditam que até jogar videogame eu joguei de má vontade? O único plano que eu tinha, fora dominar o mundo, era ir na Brasil Game Show 2.012 e parece que até isto vou perder... Não fiz e nem tenho planos de fazer nada de útil, certamente irei ficar aqui vendo o dia clarear e escurecer levantando da cama apenas para ir ao banheiro, isto se não arrumar umas fraldas.
"Pô cara, é só um pé quebrado", verdade, mas não sei explicar como isto me afetou tanto, talvez seja a dependência dos outros aliado a grande falta do que fazer, ou melhor, a grande falta de vontade de ter o que fazer. Se eu ficar de pé o pé já incha e começa a doer, tenho que ficar sentado ou deitado e já é de meu feitio 'filosofar' ou 'destilar ideias' andando mesmo que seja dentro do quarto.
Para falar a verdade, nem sei do que estou falando agora e nem o motivo de ter aberto esta postagem... Isto não é um diário, sei lá, talvez sejam os remédios...

terça-feira, 17 de julho de 2012

A MORTE DE "A TRISTE FIGURA"



     A notícia hoje é um pouco triste para algumas pessoas, mas completamente indiferente para a grande maioria, tenho a tarefa de informar para todos a morte de “A Triste Figura”.
                Convivi muito tempo e bem de perto com esta figura trágica, dramática, inconstante e insegura, que depois de décadas de existência sofrida – e sofrível – resolveu ‘entregar-se aos beiços do húmus’, morreu A Triste Figura e ninguém percebeu... Na verdade, mesmo com tanta proximidade, até mesmo eu demorei a perceber. A figura já era uma espécie de moribundo, melhor, um cadáver ambulante, mas sem toda a graça e ‘simpatia         ‘ de um zumbi. A sintomática Triste Figura estava mais para um chorão grão de areia no deserto, apenas mais um.
                A data do falecimento ficou registrada como 03 de Julho de 2.012, mas acreditamos que a figura já estava morta há muito mais tempo, nós não percebemos, e acredito que ela também não. O sepultamento, pelo que contam, já que ninguém compareceu e até mesmo os coveiros quase se esqueceram de enterrá-lo, foi simples. Não houve choro, ninguém acendeu velas e nenhum padre apareceu por lá. Da forma que sempre lhe agradou ficar, isolado, foi velado e sepultado. Triste Figura, muito triste o fim desta figura.
                Bem, enterrados os mortos, ficam as toneladas de papeis preenchidos por esta criatura ao longo de sua triste e infame vida e a mim cabe selecionar todo o material para ver no dá, sim selecionar será preciso, pois a maioria dos escritos do falecido são incompreensível... Em minha opinião nem mesmo o “autor das tortas linhas” compreendia o que escrevia. Alémdeste trabalho de compilação da indefectível obra da Triste Figura,eu seguirei sozinho com este blog e também passarei a publicar a biografia que estava escrevendo sobre a triste criatura, apenas não sei se aqui mesmo ou se em outro endereço, talvez faça também um memorial... Brincadeira.
                Não vou me estender muito mais explicado sobre quem, ou o que, era A Triste Figura tudo isto será bem explanado na biografia, mas para que todos entendam do que e de quem estou falando, vou postar já uma colagem de textos que irão dar uma ideia melhor sobre a pessoa triste que foi este meu irmão gêmeo. Também servindo isto como uma pequena homenagem póstuma. Pegue uma caixa de lenços para enxugar as lágrimas, de tristeza ou de alegria, e boa leitura.





A TRISTE FIGURA

Estou cansado de rabiscar ideias,
Não completar tarefas,
Esboçar sentimentos
E apagar pensamentos.

Estou cansado de andar pela noite,
De tentar boas ideias.
Olhar em frente,
Lutar para abrir caminho.

Meus ossos estão velhos e ocos,
Tenho sangue doente
E ainda sou obrigado a lutar,
Falar e pensar.

Estou cansado de saber
Que não há quem queira ver
A Triste Figura.



                De todos os textos de autoria de A Triste Figura com os quais me deparei, este é o que mais resume toda a ladainha da tristeza da figura. Este já foi postado aqui no blog em uma outra ocasião e faz parte da coluna lateral, não por minha vontade, mas por capricho do autor. Não que eu não goste deste texto, como já disse, ele é a síntese perfeita da personalidade, do autor. Eu já estava enjoado...



TEATRO


Ao abrir das cortinas,
Em meio à penumbra e do sólido silêncio,
O roto entra em cena.
Sobre sua cabeça chove uma torrente de lapsos
Enquanto uma enxurrada vermelha
Cobre seus pés.
Há um texto, mas dizê-lo é quase impossível
Uma ventania insiste em levar sua voz
E ela vai para longe discursar sobre um velho texto,
Que tem como princípio o próprio fim.
Em espasmos nervosos quebra as próprias mãos,
A plateia que lá não está urra.
Uma névoa de sonhos enche o palco,
O ator agora é tênue sombra e
Neste instante uma obra inteira lhe ocorre,
Mas não demora a esquecer tudo.
Tenta então improvisar um texto,
Mas ao não conseguir procura apenas pensar e
Acaba sufocado emmeio aos eflúvios de seu cérebro.
Não há mais o que tentar contra as forças que o impedem,
Procura então ficar parado e ajudar a compor
Um lindo e tétrico cenário,
Mas as luzes se apagam e fecham-se as cortinas.
Não haverá próximo ato, é tarde,
Jamais haverá outro espetáculo.



                Mais um resumo sobre os sentimentos e personalidade do autor, mais uma vez ele se coloca como sendo aquele que ninguém quer ver, apenas mais um qualquerno meio de um cenário sem sentido.


 

DIOPHANES: TRONO E TRILHA



Diophanes.
Diophanes, o Príncipe Cadente, está em sue trono.
Entronado no pântano lança olhares profundos,
Mas nunca é capaz de ver o horizonte.
À sua frente existe espessa névoa.
Diophanes pensa em sua trilha,
Deita olhares na neblina.
O manto do isolamento pesa,
O báculo da introspecção esmigalha seus ossos.
Abaixa a cabeça e deixa cair
A Tiara Real da Circunspeção.
Por um momento enxergou um caminho.
Diophanes, o Príncipe Cadente,
Levanta de seu trono segregado,
Mas até a trilha além deve atravessar o charco.
Sujar os pés mesmo antes de atingir o caminho,
Ele já fez isto muitas vezes e em todas acabou de volta ao trono.
Ninguém pode garantir que agora será diferente,
Mas o Príncipe Cadente ergue-se decidido!
Livra-se de todos os paramentos e enfrenta o charco e o lodo,
Livre de quase todo o peso tenta o velho caminho
Para atingir a incerta nova trilha.
Como seria diferente?
Como poderia ser diferente com o Príncipe Cadente?
Diophanes, O Príncipe Cadente,
Do Panteão dos Desgraçados ergue-se!
Não há sinos,
Não há trompas,
Não há cortejo.
Afunda os pés no pântano perseguindo a trilha
Que viu apenas por um momento.
Diophanes caminha mais uma vez.


               
                Em uma época funesta, A Triste Figura esteve entregue “às espirais negativas da morte”, naquele tempo até eu me preocupei com ele... Sabia de toda sua depressão, mas não me preocupava. O texto acima pertence a uma peça que ele escreveu chamada “Diophanes, o Príncipe Cadente”, a peça é muito confusa e cheia de falhas e delírios, mas a ideia do “Panteão dos Desgraçados” criado por ele até que é boa.
                Diophanes é um reflexo direto da Triste Figura daquela época, um acomodado autodestrutivo e depressivo paramentado com todas as tralhas da depressão e do pessimismo mórbido que um dia tem um lampejo de esperança com a manifestação esquizofrênica de uma voz que somente ele ouve, e esta voz o põe de pé fazendo-o resolver viver outra vez.
              

                De onde ele tirou este nome? Oras... Dom Quixote, o Cavaleiro da Triste Figura. 





Pobre e triste figura que viveu tão pouco e ao mesmo tempo tanto, nada nunca lhe bastou e nunca nada desejou. Depressiva e triste figura que tanto escreveu para ninguém ler, de que adiantou?



Aqui acaba, de vez por toda, A TRISTE FIGURA.

terça-feira, 1 de março de 2011

MEDO DA MORTE



            Pela primeira vez em minha vida sinto medo da morte. A morte sempre foi para mim um grande desfazer de tramas, um corretivo para as injustiças, o finalmente descansar e livrar-se deste mundo.
            Quando era mais jovem acreditava ser imortal, que para não morrer era preciso somente desejar fortemente viver, isto parecia abrir diante de mim possibilidades infinitas de realizações, bravuras e atos heróicos, após a adolescência e por volta dos 20 anos percebi que não poderia ser imortal, mas achava-me invulnerável a quase tudo.
            Mas mesmo com todos estes pensamentos outra parte de mim jamais acreditou que chegaria aos trinta anos de idade, nem em meus melhores momentos de humor podia me enxergar chegando aos trinta. Parecia uma idade tão distante que não chegaria nunca e se chegasse iria acabar com toda a graça de ser eu. Veja só que ironia, completo 34 neste ano e ainda estou vivo, vivo e melhor do que quanto tinha os imberbes 15 ou os confusos 20.
            Nunca fui apegado ao material, nunca dei muito valor aos laços familiares, sempre tive a consciência de que tudo acaba e a melhor maneira de lidar com isto era exatamente o desapego, pois somente desta forma eu poderia não sentir falta quando tudo se acabasse. E agora que consigo ponderar claramente sobre o que é vida, abateu-se sobre mim um gelado medo de morrer.
            Uma situação assim chega a ser embaraçosa, nunca quis realmente viver, para mim esta existência nunca passou de um aborrecimento, uma série de eventos cínicos e sarcásticos, um circunlóquio de botequim, uma coisa completamente sem fundamento ou finalidade. Achava terrível ter de viver neste mundo e nunca entendia porque ainda algumas pessoas que tinham crença na vida depois da morte, seja para a reencarnação ou para aguardar a salvação. Para mim a salvação era a morte.
            Hoje entendo a fragilidade da carne humana, sinto um finíssimo fio que nos prende na situação de vivos, alguns resolvem estourar o fio e livrar-se logo da ridícula amarra, outros preferem esperar o fio estourar de repente. Não me cabe dizer quem está certo.
            O fato é que hoje, aos 33 anos de idade tenho um medo pegajoso de encontrar, como já escrevi antes, as mandíbulas da morte e ser entregue aos beiços do húmus. Ainda falta muito a fazer, existem assuntos pendentes e coisas que jamais gostaria de deixar par traz. Viver ou morrer não depende de nosso querer, morrer é um fato, é o acontecimento que não podemos prever, é o ladrão escondido no beco é o monstro de baixo da cama.
            A morte e a tristeza sempre tão presentes em meus textos e poesias agora me atingem sem piedade, sempre tanto falei e escrevi desta dupla que agora me perseguem aos calcanhares.



Vagner Tadeu Firmino
21 de Fevereiro de 2.011



segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

PRIMEIRA POSTAGEM: APENAS UM ALO

            Um bestiário é um livro de meras invenções, mesmo que algumas vezes possa ser baseado na realidade, é um livro de descrições fantasiosas. Em parte isto é o que será encontrado aqui: Uma grande fantasia da realidade. A imaginação descompromissada ao observar o cotidiano.
            A descrição das formas de vida ditas modernas e observações de seus hábitos e pensamentos, o reflexo distorcido dos atos do dia-a-dia e a enorme poesia urbana que nos cerca todos os minutos. Tudo muito bonito e tudo muito inventado...
            Todas as personificações de minha personificação neste mundo assinarão o meu Moderno Bestiário Urbano em toda sua pretensão desconexão com a realidade. O comentário de um fato recente, uma notícia importante, um conto inacreditável e uma poesia depressiva sempre serão encontrados aqui, isto sou eu.



Vagner Tadeu Firmino