Pelas vagas sou atirado contras as rochas.
Minhas abertas feridas ardem nas salgadas águas,
Mas nada existe de tão salgado
Quanto estas lágrimas de meu triste choro.
Triste, sofrido e inconsolável pranto.
Açoitando meu peito todas as ondas invadem meus pulmões,
Todas as infinitas outras açoitam todos os meus corações,
São muitos e são magoados todos os que eu possuo.
Água fria banha meu corpo imundo
Enquanto for eu filho deste maldito mundo!
Minha volta sofrida, triste e supurada volta.
Volta, apenas estou a dar volta...
O mesmo círculo
Pelas águas, sempre embalado, sempre embolado.
Será que nada nunca poderá dar fim a este bruxuleante lume?
Nesta teimosa chama que até contra minha vontade ainda arde?
Nada derrota este mal fadado destino
E nada nunca limpará a lástima deste ser humano.
Á deriva nestas águas onde houve o início
E ainda haverá o fim de todo o ciclo,
Cospem-me as vagas para cima e para frente.
Vejo as rochas próximas, mas ainda estão tão longe...
Logo serei arrastado para dentro e trás mais, uma vez.
Vagner Tadeu Firmino
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