terça-feira, 17 de maio de 2011

ROTACAO



Padrinho dos movimentos circulares do vadio cão,
Abre-se em mórbido e limítrofe sorriso claro
A caveira de meu coração.
Havendo assim ossos onde não há
E abundante espuma fétida em artérias emaranhadas,
Afoga-se em espasmos violentos
O empesteado sistema respiratório.
O delicado espírito molecular do ouro da juventude
Revela-se malevolente e contaminoso chumbo
Ao escorrer fiel das partículas e grãos
Do primitivo relógio,
Que ao mesmo tempo é temporal e de tempo algum,
Fazendo piada ignóbil com estudos pré-químicos
De antiquada alquimia
Transformando o sublime em ordinário.
E em rotação as secretas secreções das células
Revelam-se.
Esperança – Agora subo.
Alegria – Venci.
Tristeza – Caio...



Autor: Vagner Tadeu Firmino
20 de Junho de 2.008



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